Existe de fato uma conexão entre mim, Deus e as estradas, eu constatei. Foi
quarta-feira passada, enquanto ia para o Rio de Janeiro – de onde pegaria um
avião para Floripa – que eu me dei conta disso. Eu olhava o céu pela janela, e
pouco a pouco, comecei a cantar uma música a Maria Santíssima. Quando vi, já
era reza. Era reza porque quando o coração da gente – mesmo que a cabeça não
queira – começa a conversar com Deus, vira reza. E era o meu coração que falava
com ele. Não pedia dinheiro, nem casa, nem sonho realizado. Meu coração
agradecia a imensa oportunidade que é encarnar nesse mundo de provas e expiações;
implorava para que Ele – mesmo que em detrimento do meu próprio bem estar –
zelasse pelo bem estar da minha mãe, lá em casa, lá onde o rio faz a curva... porque se for pra ocupar Deus, que seja com
quem importa; e por fim, sussurrava baixinho que se cessasse essa brisa de solidão que sopra por aqui e me
contemplasse com a glória de uma vida compartilhada. É feito agora: a gente
começa pensando na vida, e quando percebe está em oração. No fim de tudo o
pedido é um só:
“Dá uma mãozinha pra gente ser feliz, meu Deus?”.
“Dá uma mãozinha pra gente ser feliz, meu Deus?”.
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