terça-feira, 13 de dezembro de 2011



Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

(Poema de Natal, Vinicius de Moraes).



Abri os olhos e enxerguei nublado.
Não saberia dizer se o dia estava feio por si só
ou se ecoava os meus sentimentos.
Mais um daqueles dias em que o humor de São Pedro
está em conformidade com o meu próprio.

Mas havia - sempre há - a luz,
a beleza de ser Dezembro,
a saudade, a poesia,
o cheiro de riso de criança no ar.
Como se desde o primeiro dia do mês,
o Universo ensaiasse para a manhã do dia vinte e cinco.

Por isso é que morro.
Hoje. Sempre.
Gosto. Preciso me matar diariamente.
Para renascer melhor
Para me reinventar
menos enjoada, menos tediosa.
Para gozar e merecer esse mês dos milagres
de paz e esperança
para você
para mim.

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