" MEU BRADO BÁRBARO ECOA ACIMA DOS TELHADOS DO MUNDO" (W.W.)
Chorar a noite na Rua Dois do Conforto é um conforto.
Não há ninguém para assistir o espetáculo da sua fraqueza, não há ninguém para olhar feio Desconfiado. Recriminando. Na Rua Dois, à noite, é permitido chorar.
O embate é justo. É só você contra o seu maior inimigo: você mesmo. Ou o seu medo, a sua insegurança, e os seus próprios demônios. E quando finalmente você vence, só há o vento para testemunhar. Quando finalmente você não sucumbe, triunfa e se levanta, apenas as árvores sorriem cúmplices. Não sei quanto a você, mas para mim basta.
Morri. Suicidei-me. Assassinei minha própria alma. A velha alma. Quem foi que disse que só se mata quem já desistiu da vida? Frustrado, concordo. Insatisfeito é a palavra ideal. Desistente, não. Matei os velhos hábitos, as velhas manias, os maus costumes que não levam ninguém até a tal felicidade. Só quero saber disso: Felicidade. E tudo o mais não me interessa!
O que? Felicidade não existe? Que seja! Eu vou continuar procurando, a fim de continuar caminhando. Não dá para parar. Não suporto mais ficar parada. Saí de uma eterna inércia e vou em frente.
Matei-me para renascer. Os seus sentimentos? Recuso, foi preciso.
Agora, se quiser registrar o suicídio mais otimista da história, recomendo.