segunda-feira, 29 de agosto de 2011



Quero alguém a quem dar meu amor.
Ando dedicando-o à vida e à palavra.
Ora, convenhamos: embora fabulosas,
vida e palavra não são boas amantes.

De certo, me fazem feliz,
mas faltam-lhes mãos para afagar.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

                             " MEU BRADO BÁRBARO ECOA ACIMA DOS TELHADOS DO MUNDO" (W.W.)
  

   Chorar a noite na Rua Dois do Conforto é um conforto. 
Não há ninguém para assistir o espetáculo da sua fraqueza, não há ninguém para olhar feio  Desconfiado. Recriminando. Na Rua Dois, à noite, é permitido chorar.
   O embate é justo. É só você contra o seu maior inimigo: você mesmo. Ou o seu medo, a sua insegurança, e os seus próprios demônios. E quando finalmente você vence, só há o vento para testemunhar. Quando finalmente você não sucumbe, triunfa e se levanta, apenas as árvores sorriem cúmplices. Não sei quanto a você, mas para mim basta. 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Assinado, Suicida.


    Morri. Suicidei-me. Assassinei minha própria alma. A velha alma. Quem foi que disse que só se mata quem já desistiu da vida? Frustrado, concordo. Insatisfeito é a palavra ideal. Desistente, não. Matei os velhos hábitos, as velhas manias, os maus costumes que não levam ninguém até a tal felicidade. Só quero saber disso: Felicidade. E tudo o mais não me interessa!
   O que? Felicidade não existe? Que seja! Eu vou continuar procurando, a fim de continuar caminhando. Não dá para parar. Não suporto mais ficar parada. Saí de uma eterna inércia e vou em frente.

    Matei-me para renascer. Os seus sentimentos? Recuso, foi preciso. 
    Agora, se quiser registrar o suicídio mais otimista da história, recomendo.